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Permeando a obra de Maria Adelaide Amaral
Quando acompanhei a minissérie de Maria Adelaide Amaral na Globo “Queridos Amigos” não passava de uma telespectadora assídua com as programações da TV aberta.Hoje posso dizer que sua obra não passa tão despercebida quanto antes.Não que eu tenha feito pouco com sua produção,mas é que hoje eu tenho uma paixão singular por tudo que vem da “levinha” – como chamava carinhosamente o escritor Caio Fernando Abreu a autora Maria Adelaide Amaral.Fui apresentada a obra por um amigo.Ele me pediu que lesse uma página.Li.Confesso que foi envolvente e só acabei na página 334- a última.O livro “Aos meus Amigos”- que inspirou a minissérie- marca uma trajetória bem diferente da minha.A repressão militar no final dos anos 60 que serve como palco de memórias dos que viveram por aquelas “bandas”.O diálogo entre as figuras dramáticas nos transforma em uma delas. Personagens com desilusões, sonhos inatingíveis, loucuras que não passaram de meras loucuras, tempos que não voltarão, meros ensaios de um futuro corrompido pela ansiedade da juventude. Figuras antológicas mascaradas por codinomes que não são beija-flor. A autora usa uma simplicidade magnífica para esconder o real atrás do surreal. É essa a palavra. Liberdade. Ela nos dar liberdade para amar cada um com seus transtornos e alegrias. É como se você voltasse 40 anos da sua vida que não existiram. É uma viagem ao tempo que não lhe pertence. Que não é seu. É de um país que não deixou os jovens amantes amar a sua própria época.
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